26 abril 2007

EBDA pesquisa rambutão para agricultura familiar

Desenvolver um trabalho de seleção de plantas matrizes de rambutão para atender ao agricultor familiar na sua necessidade de diversificação de atividade. Esta é uma das ações desenvolvidas pela Estação Experimental de Mandioca e Fruticultura Tropical da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no Banco Ativo de Germoplasma (BAG), em Conceição do Almeida.

De sabor semelhante ao da uva, e com uma aparência bastante atrativa, o rambutão é uma fruta de origem asiática, cultivada comercialmente no Estado da Bahia, nos municípios de Ituberá, Ilhéus e Una.

A seleção dos genótipos é efetuada com base em observações sobre as características das plantas e dos frutos. Nas plantas observam-se as formas da copa, época de floração, época de colheita e produção. No caso dos frutos, são efetuadas análises sobre as características físicas e químicas tais como peso médio, tamanho, rendimento de polpa, acidez, sólidos solúveis totais (ºBrix) e vitamina C.

“A utilização das seleções com características horticulturais superiores contribuirá para o desenvolvimento econômico no campo, aumentando a renda do agricultor familiar”, disse o presidente da empresa, Emerson Leal.

Em uma avaliação preliminar, efetuada em 45 rambutanzeiros, pertencentes ao BAG, e oriundos de sementes introduzidas pala Embrapa, os pesquisadores da EBDA observaram que houve uma grande variação de características físicas e químicas do fruto. O peso médio do fruto variou entre 17,1 e 38,0g e o rendimento de arilo (parte comestível do fruto) entre 23,1 e 52,4% em plantas que apresentaram bons frutos com Brix acima de 18º, o que demonstra a sua boa qualidade.

Com o apoio da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o BAG mantém atualmente 67 espécies de fruteiras, assegurando estoques de germoplasmas que permitam o fornecimento de matérias promissoras para a formação de pomares matrizes, além de torná-los disponíveis em trabalho de melhoramento (a exemplo do que está sendo conduzido com o rambutão).

Para o engenheiro agrônomo e pesquisador da EBDA, José Vieira Uzêda Luna, o BAG contribui também na formação de novos profissionais, mediante a sua utilização em aulas de campo para estudantes de escolas técnicas e cursos de graduação e pós-graduação. “É muito importante a manutenção de espécies de frutas exóticas em um BAG, tendo em vista a necessidade de criação de variedades mais adaptáveis às condições locais” comentou Uzêda.

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