Desenvolver um trabalho de seleção de plantas matrizes de rambutão para atender ao agricultor familiar na sua necessidade de diversificação de atividade. Esta é uma das ações desenvolvidas pela Estação Experimental de Mandioca e Fruticultura Tropical da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no Banco Ativo de Germoplasma (BAG), em Conceição do Almeida.
De sabor semelhante ao da uva, e com uma aparência bastante atrativa, o rambutão é uma fruta de origem asiática, cultivada comercialmente no Estado da Bahia, nos municípios de Ituberá, Ilhéus e Una.
A seleção dos genótipos é efetuada com base em observações sobre as características das plantas e dos frutos. Nas plantas observam-se as formas da copa, época de floração, época de colheita e produção. No caso dos frutos, são efetuadas análises sobre as características físicas e químicas tais como peso médio, tamanho, rendimento de polpa, acidez, sólidos solúveis totais (ºBrix) e vitamina C.
“A utilização das seleções com características horticulturais superiores contribuirá para o desenvolvimento econômico no campo, aumentando a renda do agricultor familiar”, disse o presidente da empresa, Emerson Leal.
Em uma avaliação preliminar, efetuada em 45 rambutanzeiros, pertencentes ao BAG, e oriundos de sementes introduzidas pala Embrapa, os pesquisadores da EBDA observaram que houve uma grande variação de características físicas e químicas do fruto. O peso médio do fruto variou entre 17,1 e 38,0g e o rendimento de arilo (parte comestível do fruto) entre 23,1 e 52,4% em plantas que apresentaram bons frutos com Brix acima de 18º, o que demonstra a sua boa qualidade.
Com o apoio da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o BAG mantém atualmente 67 espécies de fruteiras, assegurando estoques de germoplasmas que permitam o fornecimento de matérias promissoras para a formação de pomares matrizes, além de torná-los disponíveis em trabalho de melhoramento (a exemplo do que está sendo conduzido com o rambutão).
Para o engenheiro agrônomo e pesquisador da EBDA, José Vieira Uzêda Luna, o BAG contribui também na formação de novos profissionais, mediante a sua utilização em aulas de campo para estudantes de escolas técnicas e cursos de graduação e pós-graduação. “É muito importante a manutenção de espécies de frutas exóticas em um BAG, tendo em vista a necessidade de criação de variedades mais adaptáveis às condições locais” comentou Uzêda.
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