Com a verba, unidades de ensino poderão reverter o quadro de deficiências deixado pela gestão anterior
O governo estadual, via Secretaria da Educação (SEC), liberou ontem R$ 3,8 milhões para demandas emergenciais da rede escolar. O repasse visa atender aos casos mais críticos deixados pela gestão anterior, envolvendo manutenção da estrutura física e aquisição de bens de consumo.
No total, 1.345 escolas estão recebendo a primeira parcela do Fundo de Assistência Educacional (Faed) e 182 recebem recursos emergenciais para consertos na rede física. Além dos repasses financeiros, a SEC está realizando vistorias que revelam pendências na maioria das reformas concluídas o ano passado.
Com essa ação, o governo começa a reverter o quadro de deficiências deixado pela gestão anterior na rede estadual de ensino. "Encontramos as escolas com muitos problemas de estrutura física, ausência de manutenção e descontinuidade no repasse de recursos", afirmou o secretário Adeum Sauer.
Segundo relatórios da SEC, nenhuma escola recebeu do governo estadual, em 2006, o número correto de parcelas do Faed, prejudicando sensivelmente a sua manutenção.
Primeira parcela
Os recursos que estão sendo liberados agora incluem a primeira parcela do Faed, no valor de R$ 2,3 milhões, destinada ao atendimento de 1.345 escolas do ensino fundamental. O repasse varia de escola para escola, a depender do número de alunos matriculados, e é direcionado à aquisição de bens de consumo, que vão desde lâmpadas até material de escritório e de limpeza.
Em 2006, a primeira parcela só chegou às escolas em junho. "A situação ficou impraticável. Tivemos que recorrer a parcerias para conseguir papel, caneta pilot, cartucho, material de limpeza e até alguns consertos", afirmou o diretor do Colégio Central, Carlos da Silva, que passou o ano inteiro com apenas duas das quatro parcelas do Faed.
Em outras 182 escolas, as necessidades chegaram à estrutura física, exigindo agora intervenções emergenciais. Elas serão atendidas com um total de R$ 1,5 milhão para reparos imediatos, o que corresponde a cerca de 60% do que foi gasto para essa finalidade em todo o ano passado.
"Na maioria dos casos, os problemas envolvem o telhado, a rede hidráulica e a estrutura elétrica. As necessidades seriam menores caso as escolas tivessem recebido corretamente as quatro parcelas do Faed para a manutenção no ano passado", disse o diretor de Rede Física, Antônio Mário Sousa.
Prédios
Além dos pequenos reparos, a secretaria constatou que 110 prédios escolares precisam de reformas emergenciais e está realizando uma ação conjunta com a Sucab para fiscalização de todas as escolas reformadas no ano passado. O trabalho de vistoria revelou pendências na maioria das obras e tem exigido das empresas contratadas a correção das irregularidades.
O superintendente de Organização e Atendimento à Rede Escolar, José Maria Dutra, admite que esses recursos ainda não são suficientes, frente às deficiências da rede física. "Estamos convivendo com problemas que deveriam ter sido solucionados na gestão passada. O orçamento e o planejamento para o ano letivo de 2007, infelizmente, foram elaborados pelo governo anterior", destacou.
MEC destina R$ 2 milhões para infra-estrutura da Uesc
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) foi contemplada pelo governo federal, via Ministério da Educação (MEC), com R$ 2 milhões, que serão investidos na expansão da infra-estrutura da instituição.
Este é segundo aporte, este ano, de recursos federais para a Uesc, resultado da política de captação de recursos externos posta em prática pela atual administração superior da universidade.
Em fevereiro deste ano, o MEC liberou R$ 1,25 milhão, que serão aplicados na implantação do Centro de Referência Nacional em Ciências Analíticas, um projeto que conta também com o suporte dos governos da Bahia e da França, além de recursos da própria Uesc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário