17 março 2007

Estações meteorológicas garantirão uso racional de água e energia na irrigação

Com o objetivo de diminuir o custo dos produtores e contribuir para a preservação do ambiente, por meio da utilização racional da água e da energia, a Superintendência de Irrigação (SIR) da Secretaria da Agricultura (SEAGRI) está elaborando um projeto de implantação de estações meteorológicas nos projetos de irrigação do Governo do Estado. A superintendência também analisa a viabilidade do uso de energias renováveis como solar e eólica para irrigação de pequenas propriedades da agricultura familiar.

A superintendente de Irrigação, Silvana Nunes da Costa, explica que a implantação das estações garantirá informações como temperatura, umidade relativa do ar, índices de precipitação pluviométrica e velocidade dos ventos. “São parâmetros usados para quantificar a ‘evapotranspiração’ da região, a partir da qual será definida a quantidade de água que precisa ser reposta para que a cultura tenha um crescimento vegetativo sem prejuízos. Tanto a falta como o excesso de água, prejudicam as plantas”.

O projeto de Ponto Novo deverá ser o primeiro a ser contemplado com o equipamento. Segundo Costa, análises já mostraram que, em geral, se aplica mais ou menos água do que a cultura necessita para produzir com eficiência. Como os projetos são alimentados por energia elétrica, o uso racional da água implicará diretamente no melhor aproveitamento desta energia, que hoje representa a maior parte dos custos de manutenção desse modelo de irrigação.

“À medida que deixamos de desperdiçar energia, o custo da produção dos irrigantes cai e seu lucro tem um incremento. Isso também vai implicar na redução do consumo dos recursos naturais e na preservação do meio ambiente”. O projeto de implantação das estações vai contemplar a capacitação dos irrigantes de forma que eles aprendam a utilizar as informações no aperfeiçoamento de sua atividade produtiva.

A superintende diz que os técnicos da SIR também estão pesquisando o uso das energias renováveis em substituição à matriz energética atual, numa parceria com a Superintendência de Agricultura Familiar da Seagri. “Isso seria uma grande inovação que viabilizaria o uso da irrigação para o agricultor familiar”. De acordo com Silvana Nunes da Costa, a proposta é implantar uma unidade-piloto em parceria com a EBDA, para testar a aplicabilidade da idéia.

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