25 julho 2007

Secretário da Saúde apresenta balanço do primeiro semestre

Um balanço das ações dos primeiros seis meses do governo Jaques Wagner na área da saúde foi apresentado pelo secretário Jorge Solla a profissionais e dirigentes das mais representativas entidades médicas da Bahia. O encontro aconteceu esta semana, na sede do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), em reunião conduzida pelos presidentes do Cremeb, Jorge Cerqueira, da Associação Baiana de Medicina (ABM), José Carlos Brito, e do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), José Caires.

O secretário traçou um panorama do quadro encontrado no início da gestão, com dívidas superiores a R$ 200 milhões, vários hospitais desabastecidos, recursos humanos insuficientes e em situação precária em termos de direitos trabalhistas, uma epidemia (sarampo), estoques de medicamentos comprometidos e projetos importantes, como o Saúde Bahia, com problemas de execução.

Esforço e muito trabalho, disse, resultaram em saldos positivos no primeiro semestre, quando mais da metade da dívida foi quitada e uma série de ações estratégicas foi implementada.

Na vigilância à saúde, destacou Solla, foram criadas a Coordenação de Emergência em Vigilância e a Unidade Gestora de Vigilância Epidemiológica, com a contratação de todos os sanitaristas aprovados no concurso realizado em 2005, que estava prestes a vencer.

“Também foi feito um grande esforço para a regularização do estoque e distribuição de farmácia básica no Setor de Assistência Farmacêutica, reduzindo-se de 40 para 15 dias o atendimento à solicitação de medicamentos por parte dos municípios. Os gastos com medicamentos, que foram de apenas R$ 4,4 mil em todo o ano de 2006, saltaram para R$ 1,7 milhão, somente no primeiro semestre deste ano”, explicou.

Outras ações

Segundo o secretário, os gastos com medicamentos para o atendimento em saúde mental também se distanciam muito do que foi aplicado no ano passado. Em todo o ano de 2006, o Estado gastou R$ 598,8 mil, contra R$ 992,2 mil nestes seis meses.

Solla disse que no tratamento de pacientes portadores do vírus da hepatite C foram gastos R$ 7,5 milhões em 2006, contra R$ 10,9 milhões de janeiro a junho deste ano. “Em janeiro, havia 166 pacientes na fila de espera para receber o tratamento. Zeramos esta fila. Hoje, são 226 pacientes em tratamento”, declarou.

Ele afirmou que também foi reaberta a Bahiafarma, fábrica de medicamentos do Estado há anos fechada e que está sendo reconstruída, e lançado o programa Medicamento em Casa, “que está entrando em fase de testes de campo”.

O secretário destacou ainda a ativação de leitos de UTI no Hospital Universitário Professor Edgard Santos, a implantação de 20 novos leitos no Hospital Carvalho Luz, do Samu, em Porto Seguro, e o projeto Rastreamento do Câncer de Mama em Juazeiro, a ampliação da oferta de transplantes e os projetos arquitetônicos e orçamentários para recuperação da rede hospitalar.

Obras de reforma e ampliação já foram retomadas ou iniciadas em hospitais como o Ana Nery, em Salvador, Geral de Juazeiro e Mário Dourado Sobrinho (Irecê). Também estão sendo feitas pequenas reformas na Central de Regulação e nos hospitais Couto Maia, Geral de Camaçari e Luiz Viana Filho (Ilhéus), na Unidade de Emergência de São Caetano e no Cefar/BA.

“O Saúde Bahia tinha menos de 45% das metas de execução realizadas em três anos. Renegociamos a parceria com o Banco Mundial, prorrogamos o projeto por mais 1,6 ano e incluímos 23 municípios com os mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) do estado”, afirmou Solla.

Para o presidente da Associação Baiana de Medicina, a apresentação do secretário foi uma ocasião especial. “Queremos colaborar, contribuir para que a saúde pública dê o salto que precisa”, disse.

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